terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Reflexão genérica de uma terça-feira normal.

Reflexão das 18:57 hs, numa terça-feira padrão.

As regras que determinam as possibilidades do jogo social, político, econômico, cultural e jurídico me comovem: quase me excitam.
O vislumbre da doutrina determinística de que as oportunidades sociais, acadêmicas e econômicas são forjadas por forças profundas de natureza histórica esboçam um quadro desesrador e aconchegante. Aconchegante, porque o otimismo de Friedman, o cavaleiro da luz, ensina que o livre arbítrio (e uma dose boa de força de vonatde) pode lhe render a ascensão econômico-social. Desesperador, porque Krugmann, o cavaleiro do apocalipse, mostra que o capital parasita das grandes instituições financeiras, transnacionais e dos fundos supranacioinais (World Bank, International Monetary Fund, etc.) se apóia no conceito da bolha de crescimento schumpeteriana (ciclo longo de Kondratiev ou qualquer outro nome que se deseje...), e que as oportunidades sociais se hiperatrofiam, por um lado, no funcionalismo público, cujos melhores cargos (e salários) dependem da aprovação em um cocnurso público dificílimo, propriedade de alguns privilegiados intelectual, econômica e/ou socialmente, e por outro, na iniciativa privada, que é privilégio de uma classe de pessoas cheirosas (na maioria das vezes, de pernas grossas, lábios carnudos e palmas entre as pernas) oriundas de MBA´s, FGV´s, PUC´s, FEA´s e outros bichos análogos (também privilégio de meia dúzia de pessoas, filhas de meia dúzia de pessoas, que são amigas de meia dúzia de outras pessoas que, por fim, devem favores a outra meia dúzia de pessoas que, por fim, decidem acerca da Política Externa, Interna, do Céu, da Terra, do Inferno, da Taxa de Juros, do salário-mínimo, da súmula vinculante, e sobre ó local de instalação da próxima fábrica da Toyota.
E assim se faz um ciadão brasileiro, latino-americano: do eixo Sul-Sul, como diriam os cientistas da relações internacionais...
Assim, no interstício das coisas e dos fatos sociais, surgem usurpadores da cultura alheia e uma democracia anti-democrática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário